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  OS DEZ MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS  
 

Palavra de Deus:
“Promulgou-vos o seu pacto, que vos ordenou cumprir, os dez mandamentos que escreveu até sobre duas tábuas de pedra. Depois, mandou-me o Senhor, naquela ocasião, que vos ensinasse estatutos e decretos, que deveríeis praticar na terra cuja posse estais para passar a conquistar” (Dt 4,13-14).

QUE SÃO OS DEZ MANDAMENTOS?
O Antigo Testamento (Ex 20,1-17; Dt 5,6-21) nos fala da lei dada por Deus ao povo de Israel, das leis da Aliança. Recebe diversos nomes: o Decálogo, a Lei de Moisés, a Lei Antiga, os Dez Mandamentos da Lei de Deus.

São como um resumo do pacto de amizade e fidelidade que aquelas tribos nômades, saídas do Egito e guiadas por Moisés, fizeram com Deus.

O pacto, a Aliança compromete as duas partes. Esta Aliança, este pacto, consistia essencialmente na mútua relação entre Iahweh e aquelas tribos nômades saídas do Egito, que se iam tornando um povo:

Iahweh será o Deus de Israel, o Deus do povo.

Israel será o povo de Deus.

Deus tem sua parte no pacto: compromete-se a estar sempre com seu povo, com a gente de seu povo, a protegê-lo, a guiá-lo, a acompanhá-lo sempre.

E o povo se compromete também a ser fiel a seu Deus, a cumprir sua parte na Aliança, no pacto. O Decálogo (os Dez Mandamentos) é a parte que lhe cabe cumprir na Aliança com Deus.

“ Foi vontade de Deus santificar e salvar os homens, não isoladamente, sem conexão alguma de uns com os outros, mas constituindo um povo, que o confessasse em verdade e lhe servisse santamente. Por isso escolheu o povo de Israel como seu povo, fez com ele uma aliança e o instruiu gradualmente, revelando-se a si mesmo e os desígnios de sua vontade, através da história deste povo, e santificando-o para si" (LG 9).

O Decálogo não era para os escravos. Era para os homens livres. Deus só pode dialogar com um povo livre que possa servi-lo voluntariamente. A condição humana de liberdade é indispensável para cumprir os Dez Mandamentos de Deus.

Os Dez Mandamentos mostram ao povo o caminho para relacionar-se com Deus e com os homens. São a expressão de um ideal moral e religioso, dentro da fé do povo de Israel.

Os três primeiros se referem mais diretamente à relação - resposta amorosa - do homem com Deus.

Os sete últimos dizem respeito aos costumes e normas éticas que eram comuns a Israel e outros povos do Oriente Próximo, naquele tempo. São normas de convivência para o “bem" do homem. Mas apresentam-se à fé como expressão da vontade de Deus.

2. AMARÁS A DEUS DE TODO O TEU CORAÇÃO

O principal mandamento que Deus deu a seu povo é este:

"Ouve, Israel: o Senhor é nosso Deus, o Senhor é único. Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças" (Dt 6,4).

Depois, Jesus insistirá em sua importância (leia Mt 22, 33-40).

Esse mandamento principal, o de amar a Deus, se explicita e se especifica nos três primeiros mandamentos que, formando um conjunto, tratam da relação direta do homem com Deus e proíbem determinadas práticas de culto que implicam certa concepção errônea de Deus.

a) O PRIMEIRO MANDAMENTO é como uma declaração de princípios e contém duas partes; a primeira:

"Não terás outro Deus diante de mim" (além de mim) (Ex 20,3; Dt 7,7-10).

Ter outros "deuses" significa praticamente render-lhes culto. Aceitar outro "deus" é ir contra Iahweh.

E Iahweh exige a entrega total com absoluta exclusividade. É o Deus que exige estar no centro da vida, como seu fundamento. De modo algum como algo secundário e muito menos como ornamento social. Só Deus é Deus. Tudo se espera dele, tudo se faz por ele (cf. lCor 8,5).

Deus se comprometeu incondicional e apaixonadamente com o povo, na salvação dos seus, e exige deles o compromisso total e exclusivo. Não pode haver outros "deuses" além de Deus.

Temos, ao menos, de dar a Deus todo o nosso coração. Mas sacrificamos nossa consciência, nossa liberdade, até o mais íntimo de nosso ser, ao "partido", aos "meus negócios " ...Estes são os "absolutos", os "deuses" que adoramos, quando Deus não está no centro de nossas vidas. Assim, rejeitamos a Deus que nos quer "livres" para o amor e nos deixamos escravizar por outros "deusinhos", ídolos, tiranos: egoísmo, ambição de poder, covardia, soberba, capricho.

"Nada é divino e adorável fora de Deus. O homem cai na escravidão quando diviniza ou absolutiza a riqueza, o poder, o Estado, o sexo, o prazer ou qualquer criatura de Deus, inclusive seu próprio ser ou sua razão humana" (Puebla 491, 493, 500).

Quando Deus não está no centro, será ele adequadamente substituído pelos "deuses" da riqueza e do uso totalitário do poder ?

"Os contrastes cruéis entre luxo e extrema pobreza, tão visíveis através do continente, agravados pela corrupção que muitas vezes invade a vida pública e profissional, demonstram até que ponto nossos países encontram-se sob o domínio do ídolo das rique-zas" (Puebla 494).

A segunda parte proíbe as imagens:

"Não farás para ti escultura, nem imagem alguma..." (Ex 20,4-6).

Naquela época se pensava que as imagens dos deuses possuíam uma espécie de fluido, uma força divina, que garantia a presença do deus. Por sua imagem, o deus se ligava a um lugar

O homem, ou o povo que possuía a imagem do deus, por meio dela se apoderava da divindade. E o culto à imagem era uma forma de relação com a divindade, com o objetivo não de se submeter a ela, mas de submeter a divindade à ação humana.

A proibição das imagens dos deuses é inseparável da proibição de adorar outros deuses, já que a tentação era grande de aceitar o deus por sua imagem.

A proibição de fazer imagens representativas de Iahweh significa que ele não é como os demais "deuses". Iahweh não está disponível em um lugar, não está ligado a um lugar. Iahweh é um Deus que caminha com os seus e não se faz presente por uma imagem. Iahweh reivindica sua absoluta liberdade ao proibir imagens suas, porque não pode permitir que seu poder e eficácia caiam em mãos de homens.

Deus não quer que se faça " aliança " alguma a não ser com ele. Não quer que os homens honrem a um deus "imaginário", mas tão somente a ele. Nesse ponto Deus é "ciumento" (leia Dt 4,24;6,15;32,16-21).

Também hoje, fabricamos "imagens" de Deus, quando Deus não é, na realidade, mais que um meio de proveito e exploração nas mãos de quem o manipula. Prostituímos a Deus, quando o utilizamos para conseguir força, dinheiro, influência, "sorte".

A Bíblia, que nos fala da proibição das imagens, nos diz que "Deus criou o homem à sua imagem, criou.o à imagem de Deus" (Gn 1,27).

O homem não é Deus, mas é sua imagem. A única imagem viva de Deus é o homem, que por isso merece todo o nosso respeito e atenção (veja Tema 4). E embora nunca se deva confundir um homem com Deus, no homem é que se encontra a Deus.

b) O SEGUNDO MANDAMENTO proíbe qualquer blasfêmia e qualquer atentado à honra de Deus, já que ele é o Santo.

"Não proferirás o nome do Senhor em vão" (Ex 20,7).

Para as pessoas do tempo do Antigo Testamento, o nome expressava a essência e qualidade da pessoa. Conhecer o nome, apoderar-se dele, utilizá-lo, era como possuir a própria pessoa e fazer dela o que se quisesse. Para essas pessoas, a invocação do nome de "Deus" era eficaz.

Iahweh, o Deus que é Santo, não pode tolerar que se profane seu nome, que se abuse de seu nome.

Proíbe-se, pois, neste mandamento, pronunciar palavras que vulgarmente denominamos "blasfêmias". Mas também "usar" o nome de Deus na magia, nas conjurações, nos encantamentos.

Toma-se também em vão o nome do Senhor, quando se confia excessivamente em obter infalivelmente algo (a saúde, sorte na loteria etc.) através de um determinado número de orações ou pelo uso mecânico de objetos religiosos.

Constitui também grande maldade "jurar em falso" (sobretudo nos tribunais), invocando a Deus por testemunha.

Mas há outros perjúrios muito mais graves do nome de Deus:

-- invocar o nome de Deus, apoiar-se nele, para ..explorar" os outros;

-- pedir a "bênção" de Deus para uma obra "injusta";

-- utilizar Deus para a "campanha" do partido;

--torturar, violar sistematicamente os mais elementares direitos humanos "em nome de Deus";

-- tampouco se pode "invocar a Deus por testemunha" de uma ditadura repressiva, de um governo cruel, desumano ou corrupto;

-- algo que talvez esteja mais ao nosso alcance: chamar a Deus por testemunha, pedir a "bênção" de Deus para um matrimônio, quando não há sinceridade no coração que diz " sim " ; isto é, que vai amar para sempre e com exclusividade.

Também se "abusa" do nome de Deus, quando se diz que se fala em seu "nome" sem haver sentido sua "Palavra", camuflando, atrás do nome de Deus, o próprio egoísmo, a covardia, a irresponsabilidade etc.

c) O TERCEIRO MANDAMENTO ordena o respeito ao sábado:

"Lembrar-te-ás do dia de descanso para santificá-lo... o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou " (Ex 20,8-11).

No Dt 5,14-15, o sábado é um dia em que o povo compartilha, feliz sua pertença a Deus que os livrou do Egito e que criou o mundo.

É um dia consagrado a Deus.

É um dia de assembléia comunitária (Lv 23,3). Deve ser celebrado com sacrifícios especiais (Nm 28,9-10) e nesse dia o trabalho deve parar.

O homem é imagem de um Deus que cria, que trabalha. Por isso, é no trabalho que o homem se realiza verdadeiramente. Num trabalho, porém, que não desumanize o homem, mas que contribua para o seu crescimento. Em um trabalho responsável:

--cujo estímulo seja o serviço aos demais e não a propriedade particular;

--cuja lei seja a colaboração, não a concorrência;

--cujo fim seja a produção, não a ganância;

--que anteponha a satisfação das necessidades sociais à das particulares.

O trabalho é uma lei primordial (Gn 2,15). A desonra e a condenação estão reservadas aos preguiçosos (leia Pr 15,19;20,4;24,30-34;26,13-16;31,10-31).

Mas o trabalho não é Deus e não deixa o homem satisfeito. Então chega o dia de descanso sabiamente disposto, para que se veja que o trabalho não é tudo: só Deus é Deus.

O homem tem necessidade de descansar e de ver que Deus é Deus, e que está no centro de nossas vidas.

O descanso responde a uma necessidade vital humana. Permite recobrar forças para novas jornadas (Ex 23,12). e também uma lembrança da criação, na qual o Senhor nos fez senhores, criadores com Deus, dominando com nosso trabalho a natureza e fazendo que o mundo seja mais humano. O trabalho é santo e o descanso também é santo (leia Gn 2,2s; Ex 31,13;Ez 20,12).

3. AMARÁS A TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO

a) O QUARTO MANDAMENTO lembra que a família é uma instituição divina (Gn 1,27s;2,24).

"HONRARAS TEU PAI E TUA MÃE" (Ex 20,12).

Os pais são instrumentos de Deus para transmitirem a vida (Gn 1,28).

Os pais são para os filhos o primeiro próximo.

Os pais são, com ênfase especial, a imagem de Deus, já que Deus é pai (leia Os 11,1-4; Is 1-2; Jr 3,19) e tem coração de mãe (leia Is 49,15; Os 11,8).

Por isso, uma falta contra os pais merece o castigo mais severo (leia Ex 21,17; Lv 20,9; Pr 19,26;20,20;30,11-1.1).

Como os pais são pais durante a vida inteira, o mandamento é válido para todos os filhos, pequenos e adultos.

O mandamento refere-se especialmente aos pais anciãos, enfraquecidos, que correm o risco de serem subestimados e abandonados.

Por isso, o mandamento dirige-se principalmente aos filhos, no sentido de que tomem conta de seus pais anciãos com todo o respeito e carinho que merecem.

É preciso incluir dentro da obrigação filial aqueles que desempenharam de fato a tarefa de pais (sem o serem) e que desta maneira, de certo modo, também deram a vida.

Existem certos (e não poucos) asilos de velhos que são considerados como centros da desumanização...

Os velhos que lá estão reclusos dizem que seus familiares só os visitam quando precisam de alguma assinatura “e a visita dura o tempo necessário para convencer-nos a assinar algum documento legal, de herança...”

“Não somos mais úteis para a Sociedade, não servimos aos nossos familiares e estes não vêem a hora de que deixemos de existir...”

b) O QUINTO MANDAMENTO recorda a proibição de matar:

"Não matarás" (Ex 20,13). Porque a vida é dom de Deus.

Se o homem é feito à imagem de Deus, tirar a vida a um homem equivale a destruir a coisa mais santa e mais preciosa que há no mundo.

Não só não se deve matar ninguém, mas é positivamente necessário cuidar da vida e evitar tudo o que torna a vida menos segura para nós mesmos ou para os outros. A infração das normas de trânsito, dirigir veículos de forma irresponsável (excesso de bebida alcoóli-ca, de velocidade, de distrações), a venda de alimentos e bebidas adulterados...

O aborto é a morte de um ser humano vivo no ventre materno.

Portanto, se voluntário e direto, é a violação do direito que tem o feto de chegar à plenitude da vida. É um "crime abominável" contra uma pessoa inocente e indefesa. Um assassinato que contraria alei de Deus: Não matarás.

c) O SEXTO MANDAMENTO proíbe o adultério e toda fornicação:

"Não cometerás adultério" (Ex 20,14).

Na Bíblia levam-se muito a sério o amor e o matrimônio, a fecundidade e a vida. Tudo o que afeta a vida e a sua fonte tem a ver com Deus.

Por isso, tudo o que prejudica o matrimônio, distorcendo-o, é abominável. A infidelidade conjugal era castigada com a pena de morte (Lv 20,10; Dt 22,20). Para a Bíblia, ser infiel à Aliança com Deus também é adultério (leia Os 1-2; Ir2,3; Ez 16).

No princípio, entre aquelas tribos nômades, a mulher dependia totalmente do homem e não tinha praticamente possibilidade de adulterar. Quando as tribos se tornaram sedentárias, apareceu o problema.

Por isso, o mandamento se aplica aos dois. É claro que as mulheres também não podem "andar" com os maridos alheios.

Estes são também posse legítima de suas mulheres. E elas não podem ser roubadas.

O trabalho, as refeições, as prolongadas horas de vigília, as lutas pela vida são hoje vividas por muitos (homens e mulheres) fora do lar. Chega-se ao lar com o cansaço e com as pressões do dia. Não há tempo nem humor, às vezes, nem forças suficientes para o diá-logo, para a confidência, para a expansão generosa do amor (não puramente egoísta...).

Muitos vivem hoje os melhores momentos do dia e da vida fora do lar. E o adultério nasce primeiro no coração. Daí Jesus recomendar o uso de meios radicais para não se cair em tentação (Mt 5,27-30).


d) O SÉTIMO MANDAMENTO proíbe roubar direta ou indiretamente:

"Não furtarás" (Ex 20,15).

É algo básico para que as pessoas possam viver juntas. É um mandamento que faz parte da base de toda sociedade e, sem a sua observância, nenhuma sociedade seria possi-vel. A lei do Antigo Testamento não se contenta em condenar o roubo (Lv 19,11; Dt 5,19; Zc 5,3), insiste em que se deve fazer a restituição, compensando a vítima do roubo (Ex 22,1-4; Pr 6,30-31) e que o ladrão deve ser castigado (Ex 21,16; Dt 24,7). Há muitos modos de roubar e o roubo está presente em quase todo tipo de corrupção (Dt 19,14;27 ,17; Pr 22,28;23,10; Ex 21,16).

Hoje são também de aplicação universal as exigências de justiça que o Libertador, Iahweh, faz a seu povo a favor tanto dos "nascidos no país" como dos "estrangeiros":

"Não oprimirás um assalariado pobre ou necessitado, quer seja um dos teus irmãos ou um estrangeiro" (Dt 24,14. Leia tb. 19,13.18.33).

A justiça será um dos grandes temas dos profetas (leia Am 2,6-8;8,4-10; ls 3,14-15;10,1-2), que clamaram contra as injustiças cometidas, sobretudo pelos poderosos de seu tempo:

"Traidores são os que te governam e cúmplices de ladrões; todos eles amam as dádivas e vão à cata de propinas; ao órfão não fazem justiça e a causa da viúva não tem acesso a eles” (Is 1,23).

e) O OITAVO MANDAMENTO proíbe o falso testemunho:

"Não apresentarás falso testemunho contra o teu próximo" (Ex 20,16).

Trata-se, sobretudo, do testemunho mentiroso; do que mente ante um tribunal (Dt 19,15-19; Lv 19,11-12).

Dizíamos, no segundo Mandamento, que é uma grande maldade jurar falso. Mas é muito pior, quando se o faz em um tribunal, invocando Deus por testemunha de algo que não é verdadeiro, que é doloso e, além disso, traz como conseqüência, a condenação de um inocente. Uma das seis coisas que Deus condena é “testemunha falsa, que profere calúnias" (Pr 6, 19).

Mentir para enganar e explorar os demais é uma "infidelidade" a Deus (Lv 5,20-22).

O silêncio covarde, inconsiderado e irresponsável, todavia pode constituir um crime tão sério como falar falsidade e mentira (Lv 5,1).

f) NO ÚLTIMO MANDAMENTO costumamos dividir em duas partes o que vem unido no texto original da Bíblia:

"Não cobiçarás a casa de teu próximo; não desejarás a mulher de teu próximo, nem seu servo, nem coisa alguma que pertença a teu próximo" (Ex 20,17).

(Segundo nossa divisão, o nono diz "não desejarás a mulher do próximo". E o décimo: "Não cobiçarás as coisas alheias").

A forma mais simples de cobiça é a do dinheiro e de todas as coisas que se podem conseguir com o dinheiro. A Bíblia afirma, com toda a clareza, muitas vezes, que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Tm 6,10): leva à falta de honradez, a empregar qual-quer método, por injusto e desonroso que seja, para se conseguir bens e dinheiro sem limi-te; leva à exploração do semelhante. Há também a cobiça de se conseguir boas situações

e prestígio (Mt 23,5-7; Mc 10,35-45). Uma forma grave e comum de cobiça é a de possuir as pessoas (Dt 5,21 ); costuma ser o começo de infidelidades, imoralidades, divórcios, tra-gédias que costumam implicar muitas pessoas inocentes além do culpado.

Jesus resumirá esses dez mandamentos dizendo que não há nenhum mandamento mais importante do que estes:

"O Senhor nosso Deus é o único Senhor, e amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento, e com todas as tuas forças".

"Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mc 12,28-31).

4. QUE VALOR TÊM HOJE PARA OS CRISTAOS OS DEZ MANDAMENTOS?

O Antigo Testamento nos fala da lei (que inclui como parte principal o Decálogo = os Dez Mandamentos) inseparável da "Aliança" É a resposta do povo de Israel à sua esco-lha feita por Deus como "povo de Deus", adquirido por Iahweh ao libertá-lo da escravidão do Egito (Ex 20,2).

A situação existencial daquelas pessoas, contudo, é bem diferente da de hoje. Além disso Jesus já veio. E, com ele, temos o Novo Testamento, a Nova Aliança, o Evangelho.

Com Jesus, evidentemente; não foram abolidos os Dez Mandamentos. Mas, conten-tando-nos apenas com eles, ficamos no Antigo Testamento. Seremos judeus do Antigo Testamento, mas não cristãos (Mc 10,17-22).

Jesus não anulou os Dez Mandamentos: "Não vim abolir a Lei e os profetas. Não vim abolir, mas dar cumprimento".

O mandamento do amor resume para o cristão, no Novo Testamento, o ideal moral dos Mandamentos (Mc 12,28-34).

"Não devais nada a ninguém a não ser o amor mútuo, pois quem ama o outro cum-priu a Lei. De fato, os preceitos: Não cometerás adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e todos os outros se resumem nesta sentença: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. A caridade não pratica o mal contra o próximo. Portanto, a carida-de é a plenitude da Lei" (Rm 13,8-10).

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Maria Francisca de Oliveira
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