De repente comecei a entender as coisas, ou melhor, me entender por gente. Meus pais já moravam na fazenda dos meus avós maternos. A nossa casa era coberta com folhas da palmeira chamada Buriti, as paredes eram feitas de pau-a-pique e o chão era batido, pois ainda não existiam tijolos e cerâmicas. Em volta da casa havia um jardim alto, natural (dentro de um mato). De manhã acordávamos com o cântico dos pássaros, o cheiro das folhas e das flores e o cacarejar das galinhas. A Harmonia, a Paz e o Amor era total.
Meu pai sempre foi um homem muito cuidadoso, fazia os nossos dormitórios bem altos para evitar que algum inseto viesse nos atacar à noite e por isso eu e meus irmãos tínhamos que ser colocados ou retirados das camas. Tal postura refletia o amor, o carinho e o respeito que imperavam dentro da nossa casa. Eu me dava tão bem com minha irmã mais velha (Ana) que até dormíamos juntas. Ela ficava na beira e eu, no canto, ao lado da parede. Eu era tão pequena que não consigo lembrar minha idade na ocasião. Quando um dia muito cedo acordei e já estava no chão e até hoje não consigo entender como consegui descer sozinha da cama sem que acordasse minha irmã, pois eu teria que passar por cima dela.
Já no chão, ouvi meu pai na cozinha e fui correndo até ele. Lembro-me muito bem que ele levou um susto e disse: “Minha filha você aqui a esta hora e descalça, o chão está frio!” Fiquei calada. Ele disse também: “não tem lenha para acender o fogo, vou ter que ir lá fora para buscar”. Eu disse: “Quero ir com o senhor”. Ele pegou o machado e saímos (um detalhe importante, meu pai preparava a lenha sempre no dia anterior, mas naquele dia ele havia esquecido). Em todas as casas das fazendas as pessoas escolhem um lugar afastado das portas das salas ou das cozinhas para cortar a lenha devido a quantidade de cavacos que com o tempo vai acumulando muita sujeita. Chegando lá no local, ele me colocou sentadinha em um tronco de madeira e disse: “Fica aqui de longe para não voar cavaco em você”. Quando ia começar a cortar, o interrompi perguntando: “Pai um dia o mundo vai acabar”. Ele, que conversava comigo e com meus irmãos como se fossemos pessoas grandes respondeu: “Filha, um dia a peste, a fome e a guerra vão extinguir toda a paragem do mundo, mas não vai acabar, vai sobrar pouca gente, as pessoas que se salvarem caberão em uma quantidade de metros quadrados de terra”. Precisou inclusive a metragem, que infelizmente não me lembro. No exato momento em que ele disso isto, eu vi uma devasta, ou melhor, de quatro partes, três muito prejudicadas (totalmente seca e sem vida) e um terço totalmente queimado. Era tanta cinza que aquela imagem continua até hoje em minha mente. A nossa casa naquele momento desapareceu, e o meu pai era um homem totalmente diferente. A voz era a mesma, mas com um corpo alto, forte, pernas e braços longos e com uma roupa que só hoje identifico como de cor caque, uma gola alta até o pescoço, mangas longas justas no punho, a calça também terminando bem rente aos tornozelos e de bainha justa em um tecido grosso, mais parecido com uma lona. Para mim: isto significa que, a pele terá que ser muito protegida. Neste momento perguntei novamente: “Pai, isto vai demorar?” Ele respondeu: “Isto será daqui a uns 60 anos”. Hoje posso entender que naquela época eu tinha no máximo de 3 a 3 anos e meio, pois atualmente estou com 63 anos e sinto que aquelas previsões estão se cumprindo.
Quando ele disse que vai existir uma NOVA ERA, e muito boa, porém, duraria muito pouco, cresci pensando que seria no máximo de 10 a 20 anos. Lendo as Mensagens de Nossa Senhora, constatei que essa NOVA ERA será de mais Mil anos de Luz, Paz e Harmonia. Ela fala também que as Pessoas serão muito mais altas e musculosas e isto coincide com o tamanho do meu pai naquele momento da visão. Enquanto conversávamos, ele colocou o machado com a parte do metal no chão e apoiou as duas mãos sobre a ponta do cabo. Isto significa para mim que realmente na próxima ERA as pessoas terão que sobreviver de mãos-de-obra trocadas, pois meu pai estava em posição de muito trabalho.
Lendo as Mensagens de Nossa Senhora, li que no finalzinho da NOVA ERA a Terra terá um novo destino. Isto quando não tiver nenhum filho de Deus na face da Terra. Ela levará um grande impacto e dela surgirá um novo astro no Céu conforme já escrito lá em “A Ascensão da Terra”.
Observação: Sempre que falo sobre as Mensagens com alguém, a primeira pergunta que me fazem é “qual é a sua religião?”. Eu respondo: “Isto não tem nada a ver com religião”. Quando menos espero, estou tendo as visões, desde muito pequena, e sei que não vai parar por aqui. Que todos fiquem em Paz.
Amém |